Mais um dia na Mata dos Medos

Camaradas!

Mais um dia de colaboração com a Protecção Civil chegou ao fim. Não houve incidentes de maior a registar, apenas a negligência já habitual.

A participação foi, nesta jornada, composta por mim pelo Camarada José Rosa e pelo Camarada Luís Afonso. Mas perante a inoperacionalidade da viatura do Agreste, solicitamos a Nuno Mendes um voluntário que se juntou à nossa equipa desde o início se seria possível a sua colaboração, a resposta não se fez esperar e, revelando um espírito de próprio de um Comando, lá sacrificou o seu Sábado para prestar a colaboração.

É assim o nosso espirito, abenegação, espirito de sacrificio, sentido do dever, o Nuno apesar de nunca ter estado nos Comandos, demonstrou que possui esse espirito, por isso um bem-haja.

MAMA SUME!

Até sempre Camarada Vitor

Faleceu o nosso Camarada Comando Vitor Santos, vítima de doença súbita quando seguia aos comandos de sua moto, um verdadeiro CAMARADA, alguém que, apesar do pouco contacto, eu sabia que caso precisasse de ajuda nunca me viraria as costas.

Era Cabo Comando quando estive na instrução em Santa Margarida, rápidamente se tornou num dos mais populares instrutores, vim a descobrir mais tarde que foi assim com todas as incorporações a que deu instrução, a sua enorme boa disposição na caserna e a forma dura, mas sem cair no exagero, com que nos tratava durante os treinos, nunca criaram em nós qualquer ressentimento, pelo contrário todos o estimavamos e posso afirmar que era dos raros instrutores com quem tinhamos uma ou outra brincadeira mais atrevida, no entanto nunca vi ninguém faltar-lhe ao respeito.

Após sair dos Comandos, voltei a encontrá-lo muitos anos depois no Rossio, era polícia e eu procurava o local onde eram emitidas as licenças dos cães, reconheceu-me, e com a sua enorme boa disposição começamos imediatamente numa amena cavaqueira que me fez esquecer a razão que me tinha levado ali.

Vi-o pela última vez no jantar de Natal da Delegação, continuava na polícia, rápidamente se tornou na estrela do jantar, de facto a sua personalidade era marcante e as suas histórias e boa disposição cativantes. Breves instantes de confraternização deixaram-me marcas profundas que me fizeram sentir a sua perda, nem quero imaginar a dor que aqueles que lhe eram mais próximos sentiram, para eles os meus sentidos pesames.

Há pessoas que apesar da brevidade da sua passagem por entre nós deixam marcas indeléveis em todos os que tiveram o prazer de contactar com elas, essas pessoas nunca morrem pois vivem para sempre nos nossos espíritos.

Até sempre, Camarada!

MAMA SUME!
MAMA SUME!
MAMA SUME!

Floresta Segura, Floresta Verde

Decorreu mais um fim-de-semana de prevenção aos fogos florestais.

Desta vez com 2 ignições em 2 dias em plena Mata dos Medos numa zona bastante inacessivel. Graças ao alerta dado pelas equipas voluntárias os bombeiros poderam intervir prontamente e debelar o fogo no seu inicio sem grande dificuldade.

Apesar de ambas deixarem muitas suspeitas de fogo posto, tanto pela hora como pelos locais, as atitudes negligentes de quem frequenta a Mata continuam a ser bastante mais numerosas. O espírito de "só acontece aos outros", de "isto é um espaço público e eu tenho o direito de me divertir nele a meu belo prazer" imperam por todo o lado.

Deparamos com muitas situações em que, um pouco inocentemente, as pessoas tinham feito um pequeno trabalho de preparação do terreno antes de acender o fogo, mas isso só não chega, e é preciso não esquecer que "de boas intenções está o inferno cheio". É muito fácil o fogo escapar ao nosso controlo e sem meios de combate, nem sequer um simples balde de água por perto, pode tomar proporções dantescas.

É preciso usar os espaços que a autarquia criou para se puder fazer lume à vontade, nomeadamente o parque de Santo António na Costa e o parque Verde na Charneca, para já há a promessa que para o ano serão criados mais espaços como aqueles. O fogo não perdoa, não é razoável, nem entra em negociações. É preciso respeitar as indicações que são fornecidas.

MAMA SUME